segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Quero a leitura do ócio

Há certos tipos de escrever que sinceramente me irritam. ODEIO ler mais de duas vezes e não entender. Não entendo se a minha incompreensão é devido a burrice minha ou por problemas de tradução do texto. Ou também, porque simplesmente tal intelectual não sabe escrever. Sinceramente, eu poderia dispensar tal leitura que tanto me incomoda, se não fosse a minha vontade de aprender.
Consideramos grandes intelectuais do séculos aqueles que nos retiram do obscurantismo intelectual e nos colocam em um nível de pós primitivismo mental. Claro, só eles mesmos acham isso. Seja colocando frases de efeitos como forma de participarem de um maior número de dissertação possível nos textos acadêmicos ou, simplesmente, opinando sobre determinada vida que nunca viveu (duvido que Marx tenha saído de seu conforto acadêmico para administrar uma máquina enquanto escrevia suas emocionantes análises das condições proletárias). Em um semestre de faculdade, já me irritei bastante com leituras obrigatórias de certos intelectuais. Eles não faziam mais do que escrever inferências baseadas em seus achismos, sem dados estatísticos ou pesquisas de campo direcionadas que comprovem seus argumentos. Ops, deculpa, esqueci-me de que o trabalho prático desprestigia o louvor intelectual. Estou na Grécia Antiga e não sabia.
O pior de tudo é quando leio um Mauro Wolf da vida e um Traquina e suas compilações totalmente prolixas, que devem ser feitas apenas para mostrar o quanto sou burra de não entende-las. Claro, ninguém nunca vai admitir que pegou um Wolf e tentou se jogar pela janela com aquelas frases em que o sujeito é esquecido no meio do caminho. Acho que é até meio vergonhoso alguém dizer que não está entendendo o que um intelectual, que se esqueceu das aulas de português da escolinha e acredita piamente que uma frase equivale a um parágrafo, está escrevendo. Porém, vamos considerar um pouco que Wolf e Traquina são ambos portugueses, e a confusão já está intríseca na língua. Pior são os brasileiros, que adotam a mesma maneira de escrever e acreditam que estão bombando. Quanto menos você entende, babe, melhor. Textos jornalístico são para fracos.
Eu prego, sinceramente, por um português descomplicado. Não suporto mais essa vertente arcaica do português. Mas, sinceramente, estou reclamando de barriga cheia. Quanto mais esses malucos com suas dissertações mal escritas aparecem, mais trabalho eu tenho para descomplicar à população. Obrigada, queridos acadêmicos pendantes, por manterem a minha profissão. Amém

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aos leitores de plantão

Infelizmente, devido a minha falta de tempo e literatura, sinto que vou dedicar pouco tempo a este e mais ao meu blog fruto de um trabalho da faculdade (Veja e Dance).
Já que eu sempre soube que meu blog não tem lá muitos leitores, não será uma notícia caótica onde sangue será derramado, rsrs... Mas só para avisar antes que os (poucos) leitores assíduos venham me cobrar.

Mas, enfim... peço um favorzinho: dêem ibope ao outro! Eu sei que é apenas nota para a faculdade, mas odeio escrever para os fantasmas virtuais

au revoir, mon cheries!

sábado, 5 de setembro de 2009

Para se ler no escuro

Uma poesia bastante antiga (eu estava na oitava série). Acho que Bee se lembra dela

Pare!
Este poema é impróprio para providos de tal talento neste requisito
Além de ter futilidades e escassez de palavras complexas
Faz com que a autora subjugue-se como um ser inútil, um nada
Assim como um céu sem estrelas
Ou um romântico sem coração.
Desculpe-me, mas o poema que continua a ler não apresenta qualquer enredo dramático
Ou caso infortúnios que levam os beiços a serem molhados por lágrimas
Muito menos assiste alguém que jaz nas ruas, infelizmente
Apenas uma poesia sobre o nada.

Mas se achas que consegue melhorar
escreva uma poesia
Sonhe, viva, escreva, sinta
E encantará lindos olhos de pessoas ingênuas
Escreva e vá ser artista!
Enquanto tal poesia, sem versos ou rimas
termina por aqui.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Momento Darcy Ribeiro

"Algo tem que ver a violência desencadeada nas ruas com o abandono dessa população entregue ao bombardeio de um rádio e de uma televisão social e moralmente irresponsáveis, para as quais é bom o que mais vende, refrigerantes e sabonetes, sem se preocupar com o desarranjo mental e moral que provocam"

Retirado de O povo brasileiro


sexta-feira, 31 de julho de 2009

UFBA!

Podem me dizer o que quiser, porém uma coisa eu lhe digo: caindo aos pedaços ou não, federal é federal. Principalmente se o seu curso for privilegiado com um campus muito organizado e com vários recursos (falo da FACOM). Dia 30 de Julho eu deixei de ser uma sem ninguém para ser estudante. A vida volta a ter sentido e os dias ficam mais azulados... obviamente, pois você acorda mais cedo.
No primeiro semestre acabei tendo três disciplinas obrigatórias (teoria da comunicação, oficina de comunicação escrita, teorias do jornalismo) e uma optativa. Escolhi para esta o curso de comunicação e contemporaneidade, mesmo nem sabendo do que se tratava. Tudo bem, adoro aventuras! Principalmente quando tem o nome contemporaneidade no meio, adoro essa palavra. Eu me sinto tão pós-modernista! Estou à frente das idéias de Mario de Andrade e Pagu...
Deixando de sonhar, sabendo que na realidade fria e triste eu já estarei no final do ano implorando aos céus para me formar logo, espero realmente que jornalismo seja o que eu desejo.REALMENTE. Minha vontade de ser jornalista foi alimentada cada vez mais pelas minhas leituras de Franklin Martins, Zuenir Ventura, Millor Fernandes, entre outros jornalistas que viveram a época do "jornalismo como cachaça". Segundo André Setaro, um grande professor da FACOM (espero que a matéria optativa dele prevaleça no segundo semestre), as redações tiveram profundas mudanças em comparação aos seus anos áureos. Transcrevo o seu depoimento:
"Se antes, tínhamos o barulho das máquinas de escrever, o do papel sendo retirado com estrépito, rasgado, jogado na cesta de lixo, os pedidos, em alto e bom som, para o arquivo de fotografias, entre outros elementos constitutivos do 'vozerio redacional', hoje reina um silêncio hospitalar, com os computadores enfileirados e os jornalistas calados, frente a eles, digitando matérias".
Será que as redações movidas pelo amor ao jornalismo foram realmente substituídas pelo pragmatismo editorial? Será que o papel jornal cada vez mais em extinção, se cansará da concorrência e se tornará definitivamente em luz de monitor? Sinceramente, são as coisas que mais temo. Não sou uma pessoa tradicionalista, mas as vezes me pego sendo saudosista de uma época que eu nunca vivi. Uma época em que furos de reportagens eram feitos de revoluções e não de escândalos políticos. Onde a imprensa era a principal arma de combate a ditaduras, e não formentadoras de fins de democracias. Assim como Marthin Luther King e seu discurso "I have a dream...", eu tenho o sonho de que o jornalismo seja de total interesse público e que parcialidades e politicagens não influencie mais nas notícias. Espero.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sem assunto

Vruuuuuuuuuum... vruuuuuuuuuuuuuum...

Puuuuuuuuuuuuuf...puuuuuf... vruuuuuuuuuuuum...

Biiiiiiibiiiiiiiiiiiiiii... fooooooooooooo...foooooooooooo...

- hauheuahuheuahuehaueu... mas sabe... aquilo... é que meu marido... não, Margarida, eu gosto de uvas passas... correr me fez emagrecer dois quilos... é que eu tenho horário marcado com o dentista... uma guerra nuclear...ah, amiga...

- snif, snif...

Escadas subidas

Abre a porta... slum!

Choro.... mais choro... Aháááááááá... snif...snif..

- O que foi aquilo, Madalena? Não tem como ser mais discreta?

- Eu abandonei TUDO por você! Meus pais, meu trabalho... TUDO para morar nesta MERDA de casa, e conviver com a MERDA de seus amigos.

- Oxe? Não chame eles assim... Madalena...

- Você me prometeu felicidade, Fabiano. Você disse naquela época que a gente ia se cultivar, se amar sempre...

- Éramos jovens

- Éramos jovens??? Eu aqui sofrendo e você me responde uma MERDA dessas??? ADVINHA... não tenho amigos, te espero o dia todo em casa fazendo nada! NADA! Você chega e só quer dormir. Você não liga mais pra mim, Fabiano.

- Pára, Madalena, CALA essa boca.

- NÃO VOU CALAR! NÃO VOU CALAR!! É isso que eu escondo faz três anos. E agora, no nosso aniversário de casamento, você chama SEUS AMIGOS? Seus PUTAS amigos? Eles faz ... FAZEM aquelas piadas idiotas, insensíveis! Eu quero voltar pra casa...

- Ce quer que eu faça o quê? Eles chegaram lá, do nada, não tinha como despa...

- NÃO ME VENHA COM DESCULPA. Não sou robô pra comer pilha, Fabiano. Eu quero voltar pra casa!

- Madalena... PARA COM ISSO, os vizinhos estão ouvindo.

- EU QUERO QUE OS VIZINHOS SE LASQUEM!

- CALA A BOCA, MULHER! VOCÊ SÓ SERVE PRA ME TORRAR A PACIÊNCIA. VÁ VOLTAR PRA CASINHA DOS SEUS PAIS NAQUELE BURACO EM SERGIPE! DEPOIS CE VAI VIM AQUI COM RABO ENTRE AS PERNAS QUERENDO TUDO DE VOLTA. EU TE DEI TUUUUUUDO. ESSA CASA, SUA CAMA, ATÉ ESSE VESTIDO QUE TU TÁ USANDO!

- caim... caim...

- AGORA VOCÊ VEM CHORAR, NÉ? VOCÊ É UMA VAGABUNDA QUE SE VENDEU A PREÇO BAIXO. FEZ DE TUDO PRA VIM PRA CÁ PRA SALVADOR COMIGO E AGORA FICA RECLAMANDO. SE FOR VOLTAR, VOLTE! AGORA ME DEIXA EM PAZ!

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

... ... ... ... ...

... ...

snif... snif...

- Agora deixa de molhar a merda do sofá que vai começar o futebol.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Linda Música

Dis quand reviendras-tu de Jean Louis Aubert


Do filme "Há tanto tempo que te amo". A letra também é linda... Pena que não a encontrei traduzida.

sábado, 4 de julho de 2009

Mais um poema político

Amigo do meu amigo é meu amigo
Amigo do meu inimigo é meu inimigo
Inimigo do meu inimigo é meu amigo
Inimigo do meu amigo é meu inimigo
E esta retórica é por nós levada
Desde nossa infância, de inteligência lesada
Para aprendermos pequenas fórmulas
Até os nossos tempos de adulto
Nas quais as fórmulas são um pouco mais "complexas" e melindrosas
O que outrora fazia parte da arte de multiplicar
Segue hoje a mesma dita
Porém antes multiplicavam-se bolinhas de papel e chicletes alheios
E agora são escândalos públicos com muito dinheiro

Quem não tem um poema satírico-político? Eu quis apenas me aderir ao grupo.


OBS Pos-Postagem: Para aqueles que, como eu, adoram saber o que as pessoas estão lendo e discutirem sobre o autor e o livro, eu coloquei na coluna do perfil do blog um novo tópico dos livros que estou lendo. Estou aberta a discussões o/

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mil desalojados dividem 4 chuveiros em abrigo sem latrinas no Maranhão

Instalados há quase dois meses no Parque de Exposições do município de Bacabal, no Maranhão, mais de mil desabrigados pelas chuvas no Estado ainda são obrigados a dividir apenas quatro chuveiros improvisados e usar buracos cavados no chão como latrina.

Por todo o parque, é possível encontrar lixo e fezes na grama. Alguns desabrigados cavaram buracos no chão de cocheiras desativadas, que foram transformadas em latrinas improvisadas.

Segundo a coordenadora da Defesa Civil de Bacabal, Roseane Maria do Nascimento Silva, o município não tem como pagar o aluguel de banheiros químicos, que poderiam ajudar a solucionar o problema.

Apesar da limpeza diária feita por funcionários da Defesa Civil, o mau cheiro se espalha pelas instalações do parque.

Para tomar banho, os desabrigados contam com apenas quatro "chuveiros", na verdade, barracas de lona improvisadas com um cano por onde sai água.

No mesmo local, há uma torneira para lavar roupa e louça, cuja água cai no chão e se mistura à lama, lixo e fezes.

Mesmo assim, nem todos conseguem usar a água da torneira. "Tem fila todos os dias. Para lavar roupa, é preciso esperar horas", diz a dona de casa Ana Lúcia Ferreira da Silva, de 24 anos, que há um mês vive no parque com o marido e três filhos.

Desabrigados estão há quase dois meses em Parque de Exposições

As primeiras enchentes deste ano em Bacabal ocorreram no início de março. Desde então, famílias obrigadas a sair de suas casas pelas chuvas começaram a ocupar, por conta própria, espaços privados como o parque.

Hospital

A falta de condições de higiene não é exclusiva do parque de exposições. Em um hospital abandonado perto dali, famílias numerosas se aglomeram em cubículos, dividindo espaço com os poucos móveis e utensílios que conseguiram salvar das águas.

No pátio interno, os desabrigados lavam roupa em uma pia quebrada. Lama e dejetos se espalham também pelos corredores e salas, usados agora como casas.

Corredores e salas de hospital foram transformados em casas

Segundo a Defesa Civil, as mais de 4,7 mil pessoas que ocupam os 54 abrigos da cidade e os outros 5,6 mil desalojados hospedados com parentes ou amigos deverão esperar a chuva passar e o nível do rio Mearim baixar para que possam voltar com segurança para suas casas.

Muitos deles, porém, tiveram suas residências totalmente destruídas pelas águas, e terão que permanecer por algum tempo nos abrigos antes de encontrar um novo lugar para morar.

Retirado do site da BBC Brasil


Eu sei que vou escrever algo que todo mundo sabe, mas cadê a Veja e as outras revistas de grande influência no Brasil pra fazer capa disso (como fez nos casos de desmoronamento e enchentes no sul)? Cadê o estado do Maranhão para dar auxílio financeiro ao munincípio?Eles estão há dois meses! Pior de tudo é o sentimento de impotência...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

"O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que Israel tem que interromper a construção de assentamentos judaicos em territórios palestinos e reafirmou o compromisso americano com a criação de um Estado palestino."

Da BBC Brasil


Rapaz... Obama vai morrer.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Resumo da semana

- Amiga, to passada!
- É mesmo, como isso foi acontecer?
- Não está certo... não está...
- Logo ele?
- Não é?
- Nossa...
- É...
...
- O que é mesmo?
- Rapaz... sei não
- É, também não sei.


- O problema do nosso país é que as pessoas não dão mais atenção aos outros.
- hã?


- Que absurdo os nossos deputados! A gente devia jogar uma bomba no Parlamento!
- É! Viver em anarquia!
- Anarquia? Deus é mais! São um bando de loucos...


- Mãe? Eu posso ser gay?
- Meu filho, você pode ser o que quiser! Você é um ser livre!
- Posso ser assassino?
- Não.
- É uma brincadeira que a Ana Celine começou, e ela indicou
o Helder , que indicou para o Uriel e ele me indicou

As regras são:

1- Colocar o link de quem te indicou
2- Escrever as regras do jogo para a brincadeira ficar mais clara
3- Indicar 3 blogueiros para dar continuação à essa budega
4- Avisar quem foi indicado

Brincadeira :

Há 10 anos atrás:
× Eu tinha 8 anos...
× Parecia um menino gay
× Ganhei meu primeiro presente do dia dos namorados... um monte de figurinhas do Dragon Ball Z que um garoto quis jogar fora (acabei completando o álbum :D)
× Sempre quebrava minhas bonecas
× Dançava "É o Tchan" no play (PS: Eu ainda não tinha consciência dos meus atos)

Há 5 anos atrás:
× Eu tinha 13 anos...
× Tive meu primeiro (e único) namoradinho *solteirona*
× Me deparei com o terror chamado aula de redação...
× Achava que levaria ballet para a minha vida
× Era muuuuito comunista

Há 2 anos atrás:
× Quantos anos eu tinha mesmo?
× Entrei no grêmio e descobri que as pessoas adoram reclamar
× Conheci de verdade a maioria dos amigos que tenho até hoje
× Aprendi o melhor jeito de filar aula sem ninguem descobrir
× Posei na lua... ah não... esse foi o Neil Armstrong ¬¬

Ontem:
× Caramba... sei não
× Vei, o que foi que eu fiz ontem?
× huuuum...
× huuuum...
× Cabou, né?

Hoje:

× Doce ilusão ¬¬
× Fui pra auto-escola
× Ganhei desconto no Bompreço por usar sacola renovável o/
× Descobri que sou psicopata
x Estou respondendo esse questionário =p

Amanhã:
× Vou pra auto-escola
× Vou me entediar na auto-escola
× Vou faltar o espanhol por causa da auto-escola
× Acho que vou pro cinema...
× Alguém interessado?

Coisas que eu não vivo sem:
× Oxigênio... sem ele eu fico meio que sem ar... =P [2]
× Um livro sempre a posto para qualquer necessidade
× Minhas séries queridas
× Meus amigos e minha família
× Meu cachorro puppy (perai... eu não tenho cachorro ¬¬)

Coisas que eu compraria com 1.000 reais:
× Uma viagem para um lugar legal
× Umas sessões de massagem
× Um jantar em um lugar gostoso
× Um microfone
× Putz, falem ai algo mais

Maus hábitos..:
× Roer unha
× Ler Revistas de trás para frente
× Comer assistindo TV (o pior)
× Cantar, independente da pessoa ao meu lado estar gostando ou não
× Quando chego em casa, deixo o sapato no meio da sala o/

Programas e tv:
× Scrubs
× The Big Bang Theory
× Família da Pesada
× Friends
× Horário Político... pegadinha do malandro!

Coisas que me assustam:
× Filme de terror com espíritos
× Epidemias
× Perder alguém querido
× Ter fraturas expostas
× Medo de morrer jovem e não fazer muitas coisas... [2]

Lugares que eu gostaria de ir:
× Santiago (Chile)
× Luanda (Angola)
× Salamanca! (Espanha)
× Ouro Preto (Nem preciso dizer onde fica, né?)
× Rapaz... tem comida e teto, eu quero ir!

Pessoas Indicadas

× Sam o/
× Bee \o
× Biel \o/

~ Por favor continuem a brincadeira... ~
- Link da pessoa que me indicou...
http://blog-do-uriel.blogspot.com/

sábado, 4 de abril de 2009

Procuro indicação de um livro

Procuro um livro pra ler (isso estará nos classificados da edição de Domingo da A Tarde, rsrs...)

Por favor, já excluam livros best-sellers, principalmente se tiver vampiros ou faunos, para me indicar. Na verdade estou procurando por um livro dinâmico, com uma leitura gostosa, de preferência com história verídica ou análise de algum fato histórico. Descartem auto-ajuda. Se for um livro de literatura com romance será ótimo. Se for de algum autor conhecido ou conceituado será de muito bom grado. Eu PRECISO que alguem me indique um livro.

Abrindo o coração para o meu blog, estou passando por uma crise literária. Já foi o quarto livro que comecei e parei. Nesse ano, acho que terminei só UM livro, o que é terrível. Tudo começou com Grande Sertão:Veredas. O livro é muito bom, muito lindo, porém meu corpo e mente entraram em acordo e decidiram abandoná-lo, pois ele não estava em harmonia com o meu momento. Depois veio um livro espanhol que, pela falta de compreensão, abandonei na introdução. Depois veio um livro em inglês, que era chato pra caramba, além de ter muita gíria. Por último, acho que vou dar um adeus para o Idiota, porque esse livro tá enchendo o saquinho... Já tive alertas quanto a ele, porém não as ouvi. Hoje me arrependo profundamente. "Mariaaaaaa, como pode dizer isso de Dostoiévski??????? Ele analisa a condição da sociedade aristocrática russa de uma forma inigualááááável! Você que é buuurra e não vê isso". Pra quem pensou nisso, declaro com muita certeza que Dostoiévski é um Machado de Assis sem suas ironias brilhantes e suas frases de efeito. Que audácia tenho eu de comparar um dos maiores autores da contemporaneidade com um mero autor brasileiro, né?

Pois sim, gente, isso é um post de emergência, e um pedido de socorro da escuridão mental. Me ajudem!
Obs: Como meu aniversário tá chegando.. alguém pode me dar um livro de presente?

sexta-feira, 27 de março de 2009

Piada do dia


"Não vejo sentido em estar presa novamente. Não represento perigo para a sociedade. Este processo começou há quase três anos. Minha vida foi revirada. Fui presa por um crime tributário cujas multas já haviam sido lavradas e estavam sendo pagas"
"Vocês acompanharam tudo e viram que enfrentamos muitos problemas, fechamos lojas, demitimos 500 funcionários, mas observaram também que as mesmas lojas estão sendo reabertas e muitas pessoas foram recontratadas (...) A Daslu continua a ser uma referência internacional na moda. Um motivo de orgulho para mim e um exemplo do que o Brasil pode dar ao mundo."

Dona da Daslu que sonegou 1 bilhão de impostos e está condenada a 94 anos e 6 meses de prisão

Isso foi tirada do Site Msn Brasil...

Não minha querida... claro que você não é um perigo para a sociedade! Normalmente um "mero mortal" que sonegasse 1 bilhão de reais ia ser considerado um "psicopata" que rouba uma imensa quantia sem pestanejar ou ter colapsos emotivos. Ou seria um lascado que não teria nada a perder e com sérios problemas mentais ... mas esse não é o seu caso, né? A Daslu deve continuar (segundo a dona) sendo referência internacional da moda porque mostra a verdadeira face do "jeitinho brasileiro".A combinação perfeita entre Corrupção, fraudes e Habeas Corpus. A empresa mais jactante do Brasil não ficaria fora de moda, óbvio. E sabe como é, os estrangeiros ADOOOORAM problemas dos países pobres!Vamos ver o que vai acontecer dessa vez...


domingo, 22 de março de 2009

Frase + Rumo de Maria

"Fomos sempre governados por homens letrados, que conseguiram construir o país mais desigual e injusto do mundo sem cometer um erro de concordância"
Luís Fernando Veríssimo, em entrevista a Caros Amigos

Maria segue o rumo e
o mundo a segue-a
O mundo roda como um
balão de hélio
Toca nas têmporas de Maria
-mas a menina pensa que é chumbo-
E assim, o mundo a segue-a
Até que alguém a liberte
Liberte-a desse mundo que, as vezes, indigesta

domingo, 15 de março de 2009

Os boleros da avó

Minha vó era uma desatualizada, assim como normalmente são as avós. Só não era mais desatualizada que déspota diante de uma revolução. Minto; ela só não era mais desatualizada que o bairro do Campo Grande, com suas fachadas de "O petróleo é nosso" e "Abaixo a ditadura". Porém ela continuava a desfrutar da presente glória de um passado de meio século. Os seus boleros já faziam parte da casa, tanto quanto a tinta da parede ou o carpete mofado que envolvia o piso. A senhora se balançava ao som de Orlando Silva, se embriagava no sotaque de Dalva de Oliveira e consumia uma paixão perdida pela voz grave de Nelson Gonçalves. Suas quebranças de quadris, seus remelexos sem fim, os olhos fechados que parecia estar rezando, tudo antes me entediava. Depois comecei a ver arte naquilo tudo. Escrevi até teses, queria saber que mundo mágico é esse que os mais velhos não conseguem sair. O tempo do rádio, das fotos preto e branco e do casuísmo feminino. A bixinha se renovava a cada dia por algo que nunca mais se renovaria. Pois se até de Chico Buarque ela reclamava, alegando que o mesmo transgredia à boa música brasileira, que dera outros estilos musicais que nem fazem questão de manter a qualidade de outrora.Meus discos eram descartados antes mesmo de passarem pela porta da casa.
Um dia a avó faleceu. A notícia me deixou triste, mas nem tanto. É a ordem natural das coisas.O funeral não tinha tantos choros, ao passo em que não tinha também muitos risos. Acho que a avó já premeditava sua morte, pois antes de seu suspiro final ela escreveu uma carta a cada familiar.A minha mãe ela deu gratidão. A minha tia ela mandou um beijo fraterno. Ao meu pai, que foi seu grande amigo, ela desejou segurança. Porém a mim ela deu algo concreto: a coleção de seus cds antigos. Estava escrito na carta que ela não precisava mais das vozes de seus principais ídolos, pois iria conhecê-los pessoalmente no céu. Avó era legal e remexia bastante. Cada vez que eu vejo uma pessoa dançando a música com os olhos fechados ou se apaixonando mais de uma vez pela mesma canção, eu me lembro dela.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Diário de viagem incompleto de Maria Garcia (Peru)

Agradeçam a Samory por eu estar colocando isso

SP/Lima - 5 horas de vôo tranquilo. Porém a estadia me pertubou um pouco: dormir seis horas no hotel custava U$ 20! Por mim, ficaria no aeroporto esperando o próximo vôo para Cusco, porém estava junto com a minha tia.
Lima/Cusco - Ficamos parados quase 3 horas no avião em Lima, alegando ser problema de "pouca visibilidade da pista de Cusco devido tempo marginal". Não sei se era verdade, pois antes da notícia ser dita aos tripulantes, o motor do avião se comportava de maneira suspeita, fazendo barulhos estranhos (diga-se; dando piti).Apesar de, na decolagem, eu ter aclamado forças cósmicas para o bendito avião não cair (o que aconteceu, óbvio), foi uma boa viagem. Deu para ver os Andes, são belos.
Cusco - O frio não era muito, mas era frio. A altitude não era tanto, mas era alto. Compreendem-se tais frases pois, tais fatores trouxeram impacto no começo, mas não tanto. Meu pulso só ficou mais forte, fiquei um pouco com falta de ar e o meu mundo as vezes ficava mais rápido. Era o ânimo de estar perto do Oceano Pacífico (e nem tão perto).Tomamos Chá de Coca no hotel. Digam a Brisa que não fiquei viciada, o efeito foi até o oposto. Na metade da viagem já não aguentava mais mastigar folhas de coca ou tomar chá nos desayunos. Os peruanos pareciam com os brasileiros: são simpáticos, ficam insistentemente enchendo saco dos turistas para estes comprarem seus produtos e deixam seus filhos pequenos fazerem o trabalho por eles. Só não falam muito alto. O taxi era mais barato, porém, por não ter taximetro, o taxista cobrava certa quantia quando entrávamos no carro e outra quando saíamos. Por isso só usávamos taxi para emergência. A comida é muito boa (sopa de quinua, cebiche de
truta, o famoso drinque Pisco Sour, mais de 400 variedades de batata, choclos, picarones, creme de zapallo...). Os melhores restaurantes custo-benefício foram o Jack's café e a granja Heide, ambos perto do nosso hotel, na cuesta San Blas. Antes de irmos a trilha Inca adentramos na noite de Cusco. A balada internacional do Mama África foi a melhor opção. Conheci pessoas do mundo todo, inclusive do Brasil. Eram jovens, bonitos, e dispostos a fazer a trilha Inca que nem a gente.As músicas que tocavam eram conhecidas por todos... menos por mim.Dica de Cusco: O templo do sol é imperdível.

Vale Sagrado - Em Cusco, estávamos com horário marcado de acordo com o city tour que contratamos.Entramos no ônibus e ouvimos informações do guia sobre o Vale. As palavras são estranhas, pois podemos utiliza-las tanta para ufanizar algo quanto para secar os sentimentos. Neste caso, a secura de minhas palavras não diz metade da beleza do lugar. Nem as fotografias. Elas são bonitas, porém não aguça os outros sentidos. Ás vezes nem tem alma. Quando os turistas tiram fotos eles ficam tão preocupados em recordar-se do lugar que se esquecem de vivê-lo. Posa pra foto e vai embora. Eu senti um pouco isso, até de mim que não faço isso muito. Pode ser até ruim ter uma câmera boa nessas horas.Nas ruínas das civilizações peruanas antigas (mais dos Incas), o guia disse um pouco dos Incas, das construções estrategicamente localizadas como forma de orientação a partir dos solstícios do sol e das estrelas. Assim eles marcavam a época da plantação e colheita. Em Pisac, conhecemos o local onde os Incas usavam como sistema de ventilação da comida estocada e, assim, conservava-as. O pôr-do-sol, entre as montanhas de neves eternas foi lindo. Desculpa, babes, vocês necessitam fazer o "sacrifício" de irem lá para saber.
Trilha Inca - Saímos cedo, arrumamos nossas malas e entramos na van da agência que contratamos para fazer a trilha (a trilha deve ser feita apenas junto com uma agência). No primeiro dia andamos quase 11 km. No segundo dia subimos umas 4 horas até 4200 metros de altitude e depois descemos mais 1 hora e meia no meio a chuva de granizo. No terceiro dia já começamos a ver ruínas de construções Incas que outrora tinham a função de postos de controle.A paisagem é linda demais.As vezes eu sentia que os resquícios do colonialismo ainda existiam... impressão minha,não?
Machu Picchu - Quando cheguei na porta do sol ainda estava nublado. Só fui perceber que estava dentro de Machu Picchu quando entramos no posto de entrada. A energia que eu senti na hora me fazia esquecer das palavras. Andava lento, não me importava mais com ninguem, só comigo. Minha tia e minhas primas correram para entrarem na fila que dava acesso a WaynaPicchu. Eu não fui, preferi ficar sozinha.Depois descobri que WaynaPicchu era aquela famosa montanha que aparece em fotos turisticas de Machu Picchu. Não me arrependo de não ter ido, mas próxima vez que for quero subir lá.Em Machu Picchu havia muitas lhamas e, segundo Dalia (nossa linda guia peruana), eram almas dos antigos incas que lá habitavam e que reencarnaram em Lhamas para continuarem na cidade.Eu me encontrei com alguém muito especial. Do jeito que eu estava desarrumada, quatro dias sem tomar banho, nem sabia onde colocar a cara.Mas nem precisava me importar com isso, só percebi depois. Só espero que esta pessoa esteja lendo isso agora, era tudo que eu queria. Pegamos um ônibus para Águas Calientes, uma cidade perto de lá. Foi nessa cidade que soube que passei na UFBA.Gritei tanto que peruano do lado se irritou, quer dizer que o grito foi animado.Correspondeu ao meu dia, até a noite passar...

A segunda fase da viagem eu não tenho anotado. Estou com sono e escrevo depois, a partir das minhas memórias. Isso se Samory gostar da primeira fase, rsrs...
Galeria de fotos da viagem

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

To viajando, quando voltar eu posto pra dizer como foi.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Visão de uma turista brasileira no Brasil

Ainda não tive como andar muito por esse país tão grande chamado Brasil. Seja por idade, seja por falta de carro, seja por falta de idade de ter um carro (o mais provável). Ou puramente, simplesmente, porque ainda tenho muito tempo para poder realizar satisfatoriamente meu desejo de conhecer do Brasil, do sul ao norte. Mas isso não tira o fato de que já vi alguma coisa e, em se tratando do Nordeste, já vi bastante. Concluo: o Brasil é seco.
O Brasil não é "baianidade nagô", tanto porque nem a Bahia é tão "baianidade nagô" assim. O Brasil não é cidade grande, litoral, pessoas letradas, modelos bonitas, bundas perfeitas. O Brasil não é Oktobber Fest. O Brasil não é o bairro da Liberdade, não é Ibirapuera, não é PROJAC. Muito menos Gisele Bundchen. O Brasil é terra. Muita terra. E pouca terra.Com muito pau-de-arara e com falta de transporte público. São muitos olhos cansados. São muitos quilômetros de extensão a pé. É muito calor, que dá até secura no coração. É muito mar de cana.MUITO mar de cana.Muito gado e pouca carne. Tem muito eucalipto (?). Tem muito sol. Mas também tem muita coragem. E muita recepção.E muito MST. Quem só reclama do Brasil fica tanto tempo no computador que, verdadeiramente, não o conhece. Eu também não conheço, não posso dizer nada.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

01/01/2009 - 00h01
Novas regras de ortografia da língua portuguesa entram em vigor hoje

da Folha Online

A partir desta quinta-feira (1º) os brasileiros devem começar a se acostumar a escrever em português com base nas novas regras de ortografia. A mudança será gradual, e as instituições de ensino fundamental e médio têm até 2012 para se adequar. Porém, não estranhe ao ler as palavras "heroico", "ideia", "feiura" e "assembleia", por exemplo, sem o acento agudo. Também pode causar espanto o uso das palavras "mandachuva" e "paraquedas" sem o hífen e, ao contrário, escrever "micro-ondas" com hífen.


A vida é meio estranha, que nem a gente. Hoje sou formada no ensino médio, quase universitária e nunca tive sérios problemas quanto a gramática. Todavia, hoje foi oficialmente decretado meu atestado novamente de "semi-analfabeta". Claro, deixando a dramaticidade de lado, as mudanças não são tão grandes assim. Mas complica, óbvio. Iremos fazer parte de uma geração que sentirá uma mudança drástica (não por revolucionar algo, muito menos por trazer martírios e derramamentos de sangue, mas por quebrar certas convenções tão afincas outrora em nós). Neste caso, uma mudança drástica na língua portuguesa. Só assim compreendo que nada é imutável, verdadeiro, que não esteja suscetível a mudança. Existem coisas que parecem ser tão imutáveis... Na época de Jango, a democracia, para muitos, era imutável. Até vir a ditadura. A partir disso, como podemos saber se o sistema democrático atual não irá também mudar? Não percebemos a fragilidade dos elementos que formam uma sociedade, mas eles são assim como são aqueles que os compõe. A política é um desses elementos. A linguagem também. Sendo que essa mudança não foi paulatina, mas sim forçada. Desagradaram até os portugueses, que terão maior número de vocábulos modificados. É, não se pode acreditar na concretividade das coisas, pois tudo pode mudar...